Campanha teve início nesta terça-feira, 24, no Quartel do Comando Geral, em parceria com o Hemoal e também terá ação em Arapiraca
Por 3º sgt Thássia Santos
Na manhã desta terça-feira, 24, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) iniciou uma campanha de cadastro de medula óssea junto a seus bombeiros, além de doação de sangue e de plaquetas. A ação continuará nesta quarta, 25, no Quartel do Comando Geral, das 8h às 16h. As ações sociais fazem parte da campanha “Força Nakano”, que tem o intuito de ajudar no tratamento do cabo Nakano, diagnosticado com leucemia há alguns meses. No dia 3, também haverá doação de sangue e cadastro de medula óssea no 7º GBM, localizado em Arapiraca, e no dia 4, na sede do Hemoar, também em Arapiraca.
Por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME, que faz parte de uma rede internacional, as pessoas afetadas pela doença têm acesso a uma busca por doadores compatíveis em todo o mundo. Foi por meio do REDOME que o cabo Nakano conseguiu encontrar um doador compatível, e isso demonstra a relevância do realizar o cadastro e assim, poder ajudar outras pessoas que necessitam de cura. A chance de conseguir um doador compatível é muito pequena, por isso quanto mais pessoas se cadastrarem, maior é a possibilidade de encontrar a compatibilidade. Atualmente, são 5.230.297 doadores no REDOME e 850 pacientes aguardando um doador, que precisa ser 100% compatível.
Segundo o cabo Rodolfo Marcelo, que participa ativamente da campanha Força Nakano, ver um amigo passar por isso abre os olhos para a realidade vivida por inúmeras pessoas pelo mundo. “Ele foi o gatilho para o despertar do nosso papel diante dessa doença tão grave e desse problemática da doação. Poderia ser qualquer um de nós, e por isso o cadastro e a doação são fundamentais. Pedimos a todos que puderem comparecer, que não deixe de fazê-lo”, ressaltou o bombeiro militar.
Por entender a importância de uma campanha como essa, a sargento Francesca Lins fez questão de participar do cadastramento. “Resolvi fazer o cadastro pois é muito importante a gente poder contribuir com a melhora de alguém. Sempre pensava em fazer, mas foi a partir da campanha do Nakano, que inclusive mexeu muito comigo, que eu resolvi participar”, explicou a bombeira.
Segundo a assistente social do Hemoal, Renata Rocha, “para fazer parte do REDOME é necessário ter entre 18 e 55 anos, e nenhum diagnóstico de câncer. O doador preenche um formulário e depois coletamos 5ml de sangue, que é encaminhado para um laboratório no estado do Rio de Janeiro, onde é realizado um exame que levanta as características genéticas do doador e inclui no banco de dados do REDOME. O REDOME cruza seus dados com o REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea). O doador só é convocado se um dia aparecer alguém compatível com ele, sendo a chance de 1 a cada 200 mil no cadastro nacional, e de 1 a 1 milhão no cadastro mundial. Hoje temos 57492 mil doadores cadastrados em Alagoas, sendo um cadastro único que fica dentro do REDOME até os 60 anos, e caso algum dia o doador seja compatível ele será convocado para vir ao hemocentro”, explicou ela, enfatizando a importância do doador manter os seus dados de endereço e telefone atualizados no REDOME.