CBMAL

BOMBEIROS FAZEM VISITA ESPECIAL à CRIANçA COM CâNCER

  • 19/05/17
  • 12:05

Ryan tem dez anos e foi diagnosticado aos oito anos

Por Stephany Domingos

Na manhã da última quinta-feira, 18, militares voluntários pertencentes ao Grupamento de Salvamento Aquático (GSA) foram a Apala visitar o pequeno Ryan da Silva, que com dez anos de idade está lutando pela vida, acometido com um câncer. Sensibilizados com a situação do Ryan, que desde muito pequeno sonha em ser bombeiro, os sargentos da Silva e Wellington e o soldado Madeiro foram fazer uma surpresa ao pequeno, levando muito amor e esperança.

O rostinho do Ryan ao ver os três bombeiros chegando ao local foi uma mistura de alegria, surpresa e emoção. Os bombeiros levaram presentes para ele, mas no fim, a presença deles foi o que mais importou para ele naquele momento. Para a mãe de Ryan, Luciele Fernandes, essa simples visita fará uma diferença muito grande no tratamento dele, que descobriu o linfoma há quase três anos e desde então faz o tratamento quimioterápico.  

O sargento da Silva tomou a iniciativa de realizar essa visita e para ele foi um momento que guardará para sempre em sua memória. “Eu conheço uma das pessoas que trabalha com o Ryan e ela me contou que ele ama o Corpo de Bombeiros e que quer ser um de nós quando crescer. Então na mesma hora quis ir lá, representando a corporação que eu me dedico há 23 anos. Quando cheguei lá, se tinha algo de fraqueza dentro de mim, foi completamente embora quando vi o sorriso dele, que mesmo passando por uma situação tão difícil e complicada, transborda alegria”, disse emocionado o sargento.

Luciele diz que nunca entendeu muito bem esse amor que ele sente pelos bombeiros. “Ele simplesmente ama desde quando ouviu a sirene pela primeira vez. E desde então seu sonho é ser bombeiro”, disse a mãe.

A doença

Após o diagnóstico do linfoma iniciaram as sessões de quimioterapia e a partir de então a debilidade, principalmente devido a sua imunidade, que por muitas vezes baixa e ele precisa ser internado. Nestes três anos, houve um intervalo de cerca de seis meses sem realizar o tratamento e depois teve que voltar às seções.

Quando ele voltou a fazer quimioterapia há seis meses sua situação já estava mais complicada porque seu linfoma que era no pescoço, pulmão e coração, se espalhou para boca, baixo da axila, bexiga, glúteos e outros órgãos.

Doações

Por enquanto Ryan não está na fila de transplantes de medula porque os médicos estão aguardando a quimioterapia ter um resultado satisfatório na diminuição dos linfomas. Ele vem sendo acompanhado também pelo PróMedula, que tem o objetivo de mobilizar a sociedade pra fazer o cadastro de medula óssea, com palestras e campanhas juntamente com o Hemoal, fazendo um trabalho motivacional.

Segundo a coordenadora do PróMedula, Sheyla Oliveira, dentro do programa existe a  liga dos heróis de sangue, que são pessoas que são doadores de sangue ativo, e que doam para esses pacientes oncológicos, para facilitar o tratamento, já que a quimioterapia baixa a imunidade desses deles.

“Pacientes como o Ryan precisam constantemente de doadores de sangue, principalmente plaquetas. A sociedade ainda não comparece fora dos períodos de campanha, e esses pacientes precisam todos os dias de doações”, finalizou a coordenadora, enfatizando a importância das pessoas se cadastrarem como doadoras de medula óssea não apenas para o Ryan, mas para diversos pacientes que estão na situação dele.