Equipamento adquirido com recursos da taxa de bombeiros proporcionará abastecimento de cilindros no local da ocorrência
Por Stephany Domingos
Uma necessidade básica quando se utiliza uma máscara autônoma para situações de emergência ou trabalhos em espaço confinado é enchimento, ou recarga, dos cilindros de ar respirável após o uso. No caso do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, essa demanda está relacionada às áreas de mergulho, combate a incêndio e busca e resgate em ambientes confinados que poderão contar com um novo equipamento, o compressor de ar comprimido do tipo cascata, uma grande aquisição feita pela corporação com a ajuda da população alagoana através do pagamento da Taxa de Bombeiros.
Com a aquisição deste novo compressor, a recarga nos cilindros poderá ser realizada de forma muito mais rápida, com maior eficiência e eficácia para a ocorrência, tanto de maneira fixa como itinerante, e assim, poderá ser levado até a ocorrência onde o bombeiro militar terá um serviço de abastecimento dos cilindros em loco.
O capitão Fernando Holanda, subcomandante do GI, explicou que o maior ganho que a corporação terá referente a esta aquisição é um envase de ar respirável muito mais rápido, podendo encher cada cilindro de 200 a 300 BAR em um intervalo de tempo de cerca de 15 a 30 segundos, cada um. “Este é um marco para nossa instituição”, enfatizou.
O compressor está em fase de testes para assim começar a ser utilizado pela corporação. E além de ser compressor, ele possui um gerador de energia de alta potência, funciona como torre de iluminação, e como tomada de 220W, 110W e 12W, sendo assim, um equipamento multifunção. Sua compra faz parte de um planejamento que vem sendo realizado pela Superintendência de Material e Patrimônio que juntamente com os gestores de compra capitão Holanda, capitão Duarte, tenente Nobre e sargento Messias não mediram esforços para realizar os estudos necessários para aquisição desse e de outros materiais.
O capitão Holanda explicou também que em casos de ocorrências de grande vulto na área de combate a incêndio e salvamento é comum ter que parar a operação para abastecer os cilindros com ar respirável. Segundo ele, “com o compressor cascata e a possibilidade de abastecer os cilindros no local da ocorrência, haverá mais dinamicidade em grandes sinistros”. Isso ocorre porque o equipamento possui outros quatro cilindros de grande volume acoplados a ele e que podem ficar previamente abastecidos, gerando uma autonomia para suprir a demanda de 80 cilindros menores.
O subcomandante do GI também citou algumas ocorrências como o incêndio do Inocop e o incêndio em uma loja de aviamentos no Centro da cidade que precisaram de uma demanda muito grande de cilindros abastecidos “e na ocasião foi necessário se deslocar algumas vezes para fazer a sua recarga e por isso, as ocorrências acabaram demorando mais tempo para serem finalizadas”, completou.
A fase de testes durará cerca de um mês e a pretensão é colocá-lo em operação até o final do mês de agosto. E Além de ser utilizado em ocorrências, o compressor terá grande utilidade nos treinamentos que utilizam o simulador de fogo real, gerando uma rotatividade e eficiência muito maior nas simulações, extremamente importantes para o sucesso do combate em situações reais.