O XV Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom), ocorrido entre 11 e 13 de novembro em Goiânia-GO, realizou pela primeira vez no Brasil, a Certificação Nacional de Cães, prova que simula uma ocorrência real em que pode ser utilizado um cachorro na busca de pessoas.
Essa prova é padronizada em todo o mundo e foi feita pela primeira vez em nível nacional durante o XV Senabom. Contudo, já havia sido realizada em Santa Catarina e no Espírito Santo voltada apenas ao público interno das corporações daqueles estados.
O CBMAL enviou três militares para o evento, o major Roberto Wanderlei, um dos responsáveis pela implantação do serviço de cães em Alagoas, e os soldados Willenay Tavares e Iata Pitanga.
A PROVA
Este ano, o foco da prova foi na busca urbana que consiste na procura em escombros ou deslizamentos de barreira. Foi proposta uma situação em que o condutor e o cão entram na ocorrência percorrendo os escombros e onde o animal deveria encontrar de zero a três vítimas.
“Zero vítima porque o cão também é utilizado para descarte de área. Podia não haver nenhuma vítima e o condutor, confiando que cão não sentiu cheiro de ninguém, deveria decretar que ali não haviam outras pessoas”, explicou o Major Roberto.
O teste foi realizado pelo dia e pela noite e, ainda, os cães tiveram que passar por uma prova de obediência aos seus condutores. Dos quinze binômios (cão-condutor), apenas sete foram aprovados, o que demonstra que conseguir a certificação não é uma tarefa fácil.
CERTIFICAÇÃO DOS CÃES DO CBMAL
De acordo com o major Roberto é importante para o CBMAL ter seus cães certificados pois atesta que os condutores estão fazendo um trabalho de qualidade. “Queremos preparar nossos cães, aumentar nosso quadro e queremos nossos cães certificados. Porque quem realiza a certificação é uma equipe de outro Estado, árbitros especializados que decretam que aquele condutor e aquele cão estão aptos para o serviço”, explicou o oficial.
Além disso, o cachorro também fica apto para atuar em outros estados em casos de desastres, ou mesmo durante as olimpíadas, situações em que deverão ser exigidas as certificações dos cães e dos seus condutores.
Ainda de acordo com o major, a ida ao Senabom foi importante porque o não há pista de instrução em Alagoas e eles puderam ver como é montado os tipos de esconderijo e como eram construídas as tocas, locais onde as pessoas se escondem durante o treinamento dos cães.
“Também vimos a montagem do cenário, da prova e como os árbitros cobravam. Conhecemos outros profissionais que trabalham com isso, vimos a ação de outros cães e tiramos dúvidas sobre treinamentos. Então, foi muito proveitoso”, concluiu.